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QUEM É O GESTOR EMERGENTE

Nasceu na administração pública um novo perfil de profissional de gestão que está sendo denominado “gestor emergente”. A principal característica desse profissional é uma espécie de “obsessão” por planos, cumprimento de metas e eficiência.
O gestor emergente é aplicado: esmera-se em conhecer profundamente a máquina e o ambiente da organização em que atua. O conhecimento das situações e das normas é tido como fundamental para permitir uma administração mais arrojada e empreendedora. Também procura entender o que quer o seu superior, por meio de uma metodologia que consiste em dialogar muito, analisar e compreender. Ele define metas bastante específicas. Mas a determinação é a principal característica desse profissional: firma um pacto, estabelece um plano de ação, delega e cobra resultados. Por outro lado, despreza as atividades-meio, formalidades, rituais e solenidades, consideradas perda de tempo. Para o gestor emergente, a ineficiência resulta da falta de foco nos resultados.
Os mecanismos de gestão são considerados necessários para conciliar o equilíbrio financeiro com a qualidade dos produtos e/ou serviços. “O problema não é cortar o gasto e sim gastar bem o que se tem”, afirma o vice-governador do estado de Minas Gerais, Antonio Anastacia, exemplo de gestor emergente por aliar a formação acadêmica muito sólida à capacidade administrativa e à profunda sensibilidade política. Seu desempenho como secretário de estado de Gestão o alçou à nova posição. A equipe de gerentes responsáveis por monitorar projetos prioritários do governo supervisionada por ele tem média de idade de 26 anos.
Uma das inovações implantadas por ele é a certificação para ocupação de cargos comissionados. Em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais, é realizada uma prova aberta a todos que atendam a determinado perfil técnico. Os aprovados recebem um certificado que lhes possibilita a nomeação para o cargo em comissão, a qual fica restrita a esse universo. A novidade antecipa uma tendência exigida pela sociedade civil: a mudança de critérios para as nomeações políticas, invariavelmente caracterizadas por relações de compadrio, nepotismo e cartorialismo. A quantidade de cargos comissionados no Brasil é considerada muito elevada e reflete-se diretamente na má qualidade da prestação de serviços públicos, pois grande parte de seus ocupantes é tecnicamente despreparada.
A esse propósito cabe ressaltar a decisão judicial favorável ao CRA-PR prolatada este ano pelo juiz federal José Carlos Fabri, em ação movida pelo órgão contra a Fundação Universidade Estadual de Maringá para questionar a legalidade de um edital de eleição para o cargo de diretor administrativo do hospital universitário, no qual não constava o pré-requisito de graduação em Administração. O magistrado assinalou que “o fato de um cargo público ser em comissão não prejudica seu enquadramento como cargo técnico”. Segundo ele, “a profissionalização no serviço público é recomendável por representar um dos meios para que alcance os objetivos traçados na Constituição, especialmente a eficiência”. Para Fabri, “a sociedade precisa dar um basta em nomeações norteadas apenas por critérios políticos recaindo sobre pessoas sem formação e a mínima competência para o cargo – e a exigência de qualificação profissional é um dos instrumentos para isso”.
Estratégia competitiva
“É necessário ter uma posição diferenciada. A sobrevivência da empresa depende da estratégia que você traçou para ela. Aperfeiçoe essa estratégia, não caia na tentação de imitar ‘cases’ de sucesso, atenda a todos os desejos dos maiores clientes e dedique especial atenção ao gerenciamento de preços com base nos custos totais e reais da produção de bens e de serviços. Disso depende a geração de valores na empresa”. O conselho é do assessor de estratégia competitiva do governo dos EUA, Michael Porter, autor de “Estratégia Competitiva”.

Fonte: Revista Agora Administração